Na última semana, a cantora Anitta utilizou as suas redes sociais para compartilhar o seu diagnóstico de endometriose, após sofrer, durante quase 10 (dez) anos, diversos sintomas causados pela doença, tal como dores durante o ato sexual e durante o período menstrual.
A endometriose é uma doença que consiste na presença de endométrio (camada interna do útero) em locais fora desta região do útero, como camada muscular do útero (se chama aqui de adenomiose) ovários, trompas, intestino, e, mais raramente, pulmão, estômago etc.
Estas células endométriais são transportados para outros locais através do sangue menstrual, que normalmente saem também pelas trompas.
Os sintomas mais frequentes são dores pélvicas severas (semelhante a uma cólica menstrual), progressiva durante a menstruação, dores nas relações sexuais, e, com o passar do tempo, dores abdominais, muitas vezes incapacitantes, além de também poder causar infertilidade. O “vilão” é o estrogênio, hormônio feminino que causa o crescimento dos focos da doença, não em todas as mulheres, mas naquelas que são suscetíveis
No caso da cantora Anitta, considerando que a mesma conviveu por quase uma década com esta condição, sem que tivesse conhecimento para fins de tratá-la, a profissional médica que a atende optou por um procedimento cirúrgico.
No entanto, nem todas as mulheres que sofrem com endometriose precisam submeter-se à cirurgia. É possível também realizar o tratamento dessa condição através da terapia hormonal, com melhora acentuada das dores e lesões, sem ter o ônus de um procedimento cirúrgico.
Um dos medicamentos mais eficazes para melhorar os sintomas da Endometriose, é a Gestrinona, que diminui a produção de estrogênio pelo ovário e age nos receptores de progesterona.
A Gestrinona é um hormônio esteroide progestágeno sintético, derivado da 19- nortestosterona, que possui propriedade androgênicas, antiestrogênicas, progestogênica e de inibição da liberação de gonadotrofinas, causando anovulação.
Seus outros efeitos pela atividade androgênica e progestogênica são a contracepção, interrupção da menstruação, aumento da libido, aumento de massa muscular e diminuição da gordura corporal.
De outro lado, apresenta como possíveis efeitos adversos o aumento de oleosidade de pele, acne, aumento de pelos, queda de cabelo, aumento do colesterol, mudança do timbre da voz e aumento do clitóris.
A utilização do referido hormônio é contraindicada em caso de doenças cardíacas, dislipidemia, diabetes, insuficiência renal, insuficiência hepática, obesidade, bem como em grávidas e lactantes.
Para saber se o seu caso é compatível com o uso do implante de Gesstrinona, é imprescindível consultar seu médico ginecologista.